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Entendendo um pouco da história europeia

Atualizado: 25 de jun.

No post de hoje, estarei falando um pouquinho sobre a história da Europa.


Você diz: “Ah, mas história é chato”.

E eu respondo: “Aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”.

(George Santayana)


Sim, precisamos saber brevemente sobre a história para poder compreender a atualidade. O presente foi construído por meio de fatos sucessivos do passado. E para termos empatia pelo momento atual, estudar um pouco do que se passou irá nos ajudar.


Mas, porém, todavia, entretanto, eu quero ressaltar que: eu não sou formada em história, não sou (e nunca fui) professora de história. Sou apenas uma curiosa sobre o assunto. Caso haja algum historiador lendo essa publicação e algo para corrigir, me avise, por favor? Meu papel é disseminar informação correta. E caso você a tenha, será muito agregador ao blog.


Quando estudamos história no colégio, geralmente o estudo dela é dividido em 5 (cinco) grandes períodos:

  • Pré-história

  • Idade Antiga ou Antiguidade (entre 4000 a.C./3500 a.C. até 476 d.C.)

  • Idade Média (entre 476 até 1500)

  • Idade Moderna (entre 1500 e 1789)

  • Idade Contemporânea (de 1789 até a atualidade)


Observações:

  1. essa cronologia é feita para o mundo ocidental. Se levarmos em consideração o mundo oriental (Império Mongol, China, Japão, Índia, etc), a coisa ficará mais complexa.

  2. onde consta a.C. é antes de Cristo e d.C. é depois de Cristo.

  3. o período a.C. é contado de maneira decrescente (do maior número até o menor) e o d.C de maneira crescente (do número menor ao maior).


Para assimilar melhor a história do continente europeu, essa divisão pode sofrer algumas adaptações. Logo abaixo estão essas adaptações e uma breve descrição de cada um desses períodos:


1) Pré-história

O continente europeu é habitado desde pelo menos 40 mil a.C., segundo os estudiosos. Existe evidências de ossos de 1,8 milhões de anos achados na Geórgia. Entretanto, esses ancestrais começaram a ficar mais parecidos com os da atualidade aproximadamente em 35 mil anos a.C.



2) Clássico

O período clássico foi a época do domínio da Grécia e Roma. Ao longo deste foi possível encontrar registros de pensamentos, leis, mentes e línguas.

A Grécia Antiga era a junção de várias cidades, que tinham a função de Estado (ou seja, ou país por si só), onde a primeira forma de democracia foi desenvolvida. Dentre todas as cidades, Atenas foi a mais poderosa e desenvolvida. Até hoje, a civilização grega é reconhecida por ter desenvolvido as filosofias, ciências, matemática, políticas, esportes, teatro e música. Seu império durou entre 1.100 a.C. e 146 a.C.

Legenda: Localização da Grécia Antiga.
Legenda: Localização da Grécia Antiga.

Já o Império Romano cresceu baseado nos ensinamentos gregos. A grande parte do seu território era concentrado no mar Mediterrâneo, onde havia administração de todos os países margeados por ele, sendo o seu limite ao norte por conta dos rios Reno e Danúbio. O máximo que o Império Romano conseguiu atingir foi a Britânia (hoje é a Inglaterra), Romênia e partes da Mesopotâmia. Seu império durou entre 27 a.C. e 476 d.C.

Legenda: Império Romano.
Legenda: Império Romano.


3) Idade Média

A Idade Média começa justamente após a separação do Império Romano em: Império Romano do Ocidente, cuja capital era Roma, e Império Romano do Oriente (mais conhecido como império bizantino), cuja capital era Bizâncio (ou Constantinopla).

O Império Bizantino estava concentrado em diversos conflitos na Europa Oriental e na sua expansão territorial, enquanto na Europa Ocidental houve a ascensão de outra fase, que foi o surgimento do Sacro Império Romano Germânico no ano 800.

Além do Sacro Império Romano Germânico, na Europa Ocidental, também houve o nascimento do Primeiro Império Búlgaro que venho a tornasse o primeiro país eslavo, em 681.

E por fim, os Vikings invadiram, conquistaram e se estabeleceram rapidamente no norte e oeste da Europa.

Ainda nesse período da Idade Média houve o nascimento de várias Nações, como Polônia, Hungria, Croácia, Sérvia, República Tcheca, Eslováquia, Ucrânia, Rússia. No passado, alguns desses países tinham outros nomes do que estamos acostumados atualmente.

Legenda (da esquerda para direita): Divisão do Império Romano em Ocidente (Reinos Bárbaros) e Oriente (Império Bizantino); Reinos Bárbaros; Europa em 526 - Consolidação dos Reinos Bárbaros; O Império Franco e a Idade Média.



4) Feudalismo

Tecnicamente falando, o período do feudalismo é encaixado dentro da Idade Média. Mas alguns historiadores o separam porque representa um período relevante na Europa.

O Feudalismo compreende um sistema político, econômico e social que predominou na Europa Ocidental entre o início da Idade Média até a afirmação dos Estados modernos, tendo seu ápice entre os séculos 11 e 13.

Esse sistema evoluiu lentamente até se tornar o modelo dominante no continente europeu, e se caracterizou pela regionalização do poder, ou seja, uma concentração em âmbito local nas mãos de uma aristocracia rural que dominava a terra com grande autonomia, e subjugava a maior parte da população através do poder de posse da terra.

Foi também nesse período que aconteceram as Cruzadas, em que a Igreja fez algumas expedições à Terra Santa (que englobava Jerusalém e outros lugares onde Jesus viveu e pregou sua doutrina) para tomar essa terra dos muçulmanos. O real objetivo da Igreja era conquistar terras, aumentar seu prestígio e expandir seu domínio.

O sistema feudal começou a entrar em declínio com o surgimento de novas monarquias centralizadas e poderosas, a reurbanização da Europa, o reaquecimento e diversificação da economia, as próprias cruzadas, a produção de alimentos, as epidemias (dentre elas, a peste negra) e entre outros fatores. Ele se extinguiu na maioria da Europa ocidental por volta de 1500.

Legenda (da esquerda para direita): Divisão da Europa no final da Idade Média; Invasões dos normandos, húngaros e sarracenos; As 4 Primeiras Cruzadas; Mapa das Cruzadas versus Muçulmanos.



5) Renascimento/Descobrimentos/Iluminismo

Graças a tudo que aconteceu com o fim do feudalismo, houve a possibilidade de desenvolvimento do comércio e das cidades, uso de moeda, aparecimento da burguesia, fortalecimento do poder central nas mãos do rei (regime absolutista). E assim iniciou-se a Idade Moderna, com o fim do feudalismo.

À essas mudanças podemos acrescentar o Renascimento que surgiu na península Itálica, no século 14, e as Grandes Navegações, no século 15, todas apontando para o advento dos chamados tempos modernos. Além disso, a corrupção da Igreja Católica durante esse período levou a uma reação, a Reforma Protestante.

Não menos importante foi também o Iluminismo. Nesse período, houve o crescimento da ciência moderna e a aplicação de suas descobertas em melhorias tecnológicas.

Tudo isso somado indicava o aparecimento de um novo sistema econômico: o capitalismo. Aos poucos, o sistema capitalista acabaria por substituir inteiramente o feudalismo, tornando-se dominante no séculos seguintes.

Enquanto tudo isso acontecia na Europa Ocidental, a Europa Oriental enfrentou alguns conflitos em que houve disputa territorial entre a Suécia, a Comunidade Polaco-Lituana e o Império Otomano. Estes três sofreram um gradual declínio até serem eventualmente substituídos por novas monarquias absolutistas: o Império Russo, o Reino da Prússia e a Monarquia de Habsburgo.

Legenda (da esquerda para direita): Mapa da Europa do início Idade Moderna (1560); O surgimento do Renascimento na Itália; As Grandes Navegações; Mapa Mental Iluminismo.



6) Revoluções e nacionalismo

A fase de Revoluções se iniciou com a (primeira) Revolução Industrial, ainda na Idade Moderna, mas ela se estendeu até a Idade Contemporânea. Isso porque o marco entre essas duas Idades, é outra revolução, a francesa.

A Revolução Francesa é o marco dessa mudança com a tomada da Bastilha em 1789. Foi quando a monarquia absolutista francesa entrou em colapso e novos princípios foram instalados: Liberté, Égalité, Fraternité (em português: liberdade, igualdade e fraternidade). Dessa forma, alguns anos depois a França se tornou uma república.

Além disso, houve a Guerra de Independência dos EUA e dos outros países no continente americano também (inclusive, o Brasil em 1822), as Guerras napoleônicas, a Unificação Italiana, a Guerra Franco-prussiana, a Guerra da Crimeia e as Revoluções de 1848.

Legenda (da esquerda para direita): Origens da Industrialização e a economia industrial da União Europeia; Revolução Francesa; Europa pós-congresso de Viena em 1814; Independência da América Espanhola e Brasil.



7) Guerras e paz

Ainda na Idade Contemporânea, tivemos um período de paz ao longo do século 19, entretanto o século 20 foi bem tumultuado com a Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa de 1917, Tratado de Versalhes, Grande depressão e Segunda Guerra Mundial.

Na 1ª Guerra Mundial, havia de um lado a Alemanha, Áustria-Hungria, o Império Otomano e a Bulgária (Poderes Centrais/Tríplice Aliança), enquanto que no outro lado estavam a Sérvia e a Tríplice Entente (França, Reino Unido e Rússia), que ganhou a participação do Reino de Itália em 1915 e dos Estados Unidos em 1917.

No Tratado de Versalhes (1919), os vencedores da 1ª Guerra Mundial impuseram severas condições à Alemanha e aos novos estados reconhecidos (tais como Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Áustria, Iugoslávia, Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia) criados na Europa Central a partir dos extintos impérios Alemão, Austro-Húngaro e Russo.

Nas décadas seguintes, o medo do comunismo e a Grande Depressão (1929-1943) levaram grupos extremistas nacionalistas - sob a categoria do fascismo - a serem eleitos na Itália (1922), Alemanha (1933), Espanha (depois da guerra civil, terminada em 1939) e em outros países como a Hungria.

E por conta desses grupos extremistas nacionalistas (fascistas), a Alemanha, de Hitler, a Itália, de Mussolini, e Japão - chamados de Eixo - iniciaram a Segunda Guerra Mundial em 1939. Os Aliados (Reino Unido, União Soviética e os Estados Unidos) venceram a guerra em maio de 1945. O período foi marcado também por um industrializado e planejado genocídio de mais de 11 milhões de pessoas, incluindo a maioria dos judeus da Europa e ciganos, assim como milhões de poloneses e eslavos.

A Primeira e especialmente a Segunda Guerra Mundial acabaram com a preponderante posição da Europa Ocidental. O mapa do continente foi redesenhado na Conferência de Yalta e dividido se tornou a principal zona de contenção na Guerra Fria entre dois blocos, os países ocidentais e o bloco Oriental. Os Estados Unidos e a Europa Ocidental (Reino Unido, França, Itália, Países Baixos, Alemanha Ocidental, etc.) estabeleceram a aliança da OTAN como proteção contra uma possível invasão soviética. Depois, a União Soviética e o Leste Europeu (Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária e Alemanha Oriental) estabeleceram o Pacto de Varsóvia como proteção contra uma possível invasão dos Estados Unidos.

Na mesma época, a Europa Ocidental lentamente começou um processo de integração política e econômica, desejando um continente unido e integrado para prevenir outra guerra. Esse processo resultou naturalmente no desenvolvimento de organizações como a União Europeia.

Posteriormente, os governos que davam suporte aos soviéticos entraram em colapso e a Alemanha Ocidental anexou a Alemanha Oriental em 1990. Em 1991, a própria União Soviética ruiu, dividindo-se em 15 países.

Entretanto, a separação mais violenta aconteceu na Iugoslávia, nos Balcãs. Quatro (Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegovina e Macedônia do Norte) das seis repúblicas iugoslavas declararam independência e para a maioria delas uma violenta guerra se seguiu, em algumas partes até 1995. Em 2006, Montenegro se separou e declarou independência, seguido por Kosovo, formalmente uma província autônoma da Sérvia, em 2008, e descaracterizando completamente o antigo mapa da Iugoslávia.


Legenda (da esquerda para direita): Mapa da Europa no Pós-Primeira Guerra; Mapa da Europa no período entre guerras; Mapa da Europa no Pós-Segunda Guerra; Mapa da Europa com as fronteiras do socialismo em 1945; Antigo mapa da Iugoslávia.




Até breve,

Jessica Amaral

 

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